Festa para as crianças no Pacaembu foi mais uma etapa do Circuitinho em São Paulo, mas não foi somente uma festa para as crianças, o esporte brasileiro celebra junto. A sociedade se alegra com esse evento que inicia as crianças não só na corrida, mas num estilo de vida saudável, que ensina a superar limites, a ser um cidadão responsável e emocionalmente equilibrado.
Veja as fotos
Sábado, 8 de outubro, prestigiamos a primeira etapa de 2011 do Circuitinho, o evento promoveu corridas divididas em categorias de idade a partir dos 2 aninhos até os 12 anos, com distancias de 50m até 200 metros.
Centenas de crianças compareceram trazidas pelos pais e avós, se reunindo na arquibancada esquerda para prestigiar as disputas no Estádio do Pacaembu.
“Eu corro há 3 anos e sou o treinador oficial da minha filha de 6 anos e da minha esposa, além de acompanhar o desenvolvimento na corrida de alguns amigos de trabalho. Foi a primeira vez que a minha filha participou de uma disputa e ela ficou feliz e orgulhosa. Nós adoramos muito a experiência” , testemunhou o gerente de Projetos Augusto Kruse.
O clima estava favorável ao esporte, o sol brilhava deslumbrante, e as crianças nem se importavam, apenas alguns pais se queixavam do nosso “Astro Rei”, mas as crianças os consolavam e os animavam com seus exemplos, a vontade de viver e alegria que elas transmitem. Depois da disputa elas pulavam e se divertiam nos brinquedos infláveis, brincavam de pintar e até participavam do teatrinho.
Na hora da corrida as crianças de 2 a 4 anos disputaram as provas acompanhados pelos pais, já as maiores ficaram concentradas, sem os pais, debaixo do “tobogam”, na sombra da arquibancada, elas estavam acompanhadas por monitores, altamente responsáveis, porém eu percebi que foi um momento muito tenso para elas, pois a ansiedade foi aumentando no momento de espera que durou cerca de 30min na concentração, devido ao número de crianças.
Depois dessa espera as crianças foram levadas para a largada dando uma “meia-volta olímpica” no estádio do Pacaembú, confesso que eu, pai de uma “corredorinha” e corintiano fiquei emocionado, logo elas largavam em baterias de entorno 8 crianças e eram recebidas na chegada por monitores atenciosos, recebiam os brindes e a tão esperada medalha.
Não tem como não parabenizar a organização da prova, a revista O2 e a Danone pela maestria em que gerenciaram o evento.
domingo, 9 de outubro de 2011
Por Trás de Cada Cigarro, Fumicultura Esconde Violações Trabalhistas e Crianças Escravas
Quem compra um cigarro nestas primeiras décadas de século 21 tem plena consciência dos danos que produz à própria saúde, mas isso não vem ao caso neste artigo, pois ninguém se importa com a vida de um fumante “suicida preguiçoso”, o importante é discutir o que um fumante causa a sociedade.
Precisamos nos atentar ao fato do cigarro chega aos consumidores com um histórico de violações que ainda irão se somar ao risco de câncer de pulmão e a todas as enfermidades associadas à nicotina.
Problema Econômico
O Brasil é o maior exportador mundial de tabaco, com cerca de US$ 700 milhões ao ano. A quase totalidade da produção está concentrada nos estados do Sul. As empresas iniciaram a atuação pelo Rio Grande do Sul, tendo na sequência se espalhado por Santa Catarina e Paraná. Atualmente, há fumicultores em mais de 90% dos municípios gaúchos. Nos três estados, impera a mesma forma de produção, com 185 mil famílias envolvidas no plantio do fumo – a grande maioria é de pequenos e médios agricultores, com propriedades de no máximo 20 hectares, esse espaço tomado pelo fumo foi tirado das produções de frutas tradicionais dos estados menos quentes e da produção de laticínios, obrigado ao brasileiro importar esses produtos da Argentina.
Problema Trabalhista
"Quando pega período de colheita, é dia e noite, não tem hora", conta Vilmar Sergiki, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmeira. "Se chove, tudo o mais, tem que estar na lavoura." Uma das partes mais delicadas é a relação entre essas famílias e as empresas. Assina-se, a cada ano, um contrato de compra e venda que, na visão do Ministério Público do Trabalho, equivale a uma relação entre patrão e empregado. A diferença é que os agricultores não são registrados, não têm direito a férias nem 13º salário, e muito menos a afastamento em caso de doença.
"As empresas atuam em cartel", constata Margaret Ramos de Carvalho, procuradora do Trabalho no Paraná. "A relação é a mesma, não concorrem entre si. O produtor, ainda que mude de empresa, continua no mesmo sistema de integração. Ele está em condições análogas à de escravo, e compromete toda sua saúde", acusa.
Os trabalhadores ficam dependentes das empresas graças ao contrato, que estabelece uma venda em caráter de exclusividade em troca de sementes, agrotóxicos e equipamentos que são fornecidos em troca de uma dívida que sempre coloca o fumicultor em dificuldade.
Problema de Saúde Pública
A intoxicação pelos defensivos agrícolas, por sinal, é comum nas lavouras e chega até a provocar sequelas graves, como perda de movimentos nas pernas em decorrência de exposição a essas substâncias.
Outro mal, a chamada doença da folha verde do tabaco, provoca sintomas como tonturas, náusea, diarreia, febre, perda de apetite e do sono. O simples contato com a folha molhada pode transferir ao organismo até nove miligramas de nicotina. Ao fim de um dia de trabalho na época de colheita, um produtor fica exposto a 54 miligramas, o equivalente a 36 cigarros.
Trabalho Escravo Infantil
A situação agrava-se diante de casos de trabalho infantil. Dados colhidos em 2007 pelo Ministério Público do Trabalho davam conta de que 75 mil crianças trabalhavam na cadeia do fumo no Paraná e em Santa Catarina. Desde então, é provável que o número tenha sido reduzido por políticas governamentais e por pressões sobre as empresas, mas ainda não deixou de existir. “O monitor (representante da empresa) falou que se vir criança trabalhando, faz vistas grossas”, confidenciou um produtor.
O trabalho infantil na cadeia do tabaco tem uma especificidade. São filhos dos próprios produtores que passam a ajudar os pais por conta da péssima renda obtida nesta produção, que inviabiliza a contratação de mão de obra. “É ruim, sobretudo na produção do fumo, é condenável, não podemos aceitar, mas não é por vontade do produtor que as crianças trabalham”, adverte Amadeu Bonatto, coordenador técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).
Precisamos nos atentar ao fato do cigarro chega aos consumidores com um histórico de violações que ainda irão se somar ao risco de câncer de pulmão e a todas as enfermidades associadas à nicotina.
Problema Econômico
O Brasil é o maior exportador mundial de tabaco, com cerca de US$ 700 milhões ao ano. A quase totalidade da produção está concentrada nos estados do Sul. As empresas iniciaram a atuação pelo Rio Grande do Sul, tendo na sequência se espalhado por Santa Catarina e Paraná. Atualmente, há fumicultores em mais de 90% dos municípios gaúchos. Nos três estados, impera a mesma forma de produção, com 185 mil famílias envolvidas no plantio do fumo – a grande maioria é de pequenos e médios agricultores, com propriedades de no máximo 20 hectares, esse espaço tomado pelo fumo foi tirado das produções de frutas tradicionais dos estados menos quentes e da produção de laticínios, obrigado ao brasileiro importar esses produtos da Argentina.
Problema Trabalhista
"Quando pega período de colheita, é dia e noite, não tem hora", conta Vilmar Sergiki, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmeira. "Se chove, tudo o mais, tem que estar na lavoura." Uma das partes mais delicadas é a relação entre essas famílias e as empresas. Assina-se, a cada ano, um contrato de compra e venda que, na visão do Ministério Público do Trabalho, equivale a uma relação entre patrão e empregado. A diferença é que os agricultores não são registrados, não têm direito a férias nem 13º salário, e muito menos a afastamento em caso de doença.
"As empresas atuam em cartel", constata Margaret Ramos de Carvalho, procuradora do Trabalho no Paraná. "A relação é a mesma, não concorrem entre si. O produtor, ainda que mude de empresa, continua no mesmo sistema de integração. Ele está em condições análogas à de escravo, e compromete toda sua saúde", acusa.
Os trabalhadores ficam dependentes das empresas graças ao contrato, que estabelece uma venda em caráter de exclusividade em troca de sementes, agrotóxicos e equipamentos que são fornecidos em troca de uma dívida que sempre coloca o fumicultor em dificuldade.
Problema de Saúde Pública
A intoxicação pelos defensivos agrícolas, por sinal, é comum nas lavouras e chega até a provocar sequelas graves, como perda de movimentos nas pernas em decorrência de exposição a essas substâncias.
Outro mal, a chamada doença da folha verde do tabaco, provoca sintomas como tonturas, náusea, diarreia, febre, perda de apetite e do sono. O simples contato com a folha molhada pode transferir ao organismo até nove miligramas de nicotina. Ao fim de um dia de trabalho na época de colheita, um produtor fica exposto a 54 miligramas, o equivalente a 36 cigarros.
Trabalho Escravo Infantil
A situação agrava-se diante de casos de trabalho infantil. Dados colhidos em 2007 pelo Ministério Público do Trabalho davam conta de que 75 mil crianças trabalhavam na cadeia do fumo no Paraná e em Santa Catarina. Desde então, é provável que o número tenha sido reduzido por políticas governamentais e por pressões sobre as empresas, mas ainda não deixou de existir. “O monitor (representante da empresa) falou que se vir criança trabalhando, faz vistas grossas”, confidenciou um produtor.
O trabalho infantil na cadeia do tabaco tem uma especificidade. São filhos dos próprios produtores que passam a ajudar os pais por conta da péssima renda obtida nesta produção, que inviabiliza a contratação de mão de obra. “É ruim, sobretudo na produção do fumo, é condenável, não podemos aceitar, mas não é por vontade do produtor que as crianças trabalham”, adverte Amadeu Bonatto, coordenador técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).
domingo, 2 de outubro de 2011
1º Corrida Jornal Bom Dia - Sorocaba
Chegou o dia da, tão esperada, 1º Corrida do Jornal Bom Dia, nós corredores estamos muito felizes por ter mais uma prova em nosso calendário.
A corrida começou pontualmente as 08h30min com a largada na Praça Fernando Prestes, descendo a Rua XV de Novembro, acessando a ponte Francisco Delosso e percorrendo a Av. São Paulo, ida e volta, depois passando pela “Praça do Canhão”, Largo do Rosário, para poder seguir pelas ruas Álvaro Soares, sete de Setembro e Artur Gomes, após dar a volta no “Fórum Velho” foi só descer passando pelo largo do São Bento para receber a benção do Santo beneditino e alcançar a chegada.
O Jornal Bom dia e a Associação Santi Pegoretti foram ousados e acertaram em cheio ao escolherem o percurso que seguia pelas principais ruas do centro da cidade, normalmente as provas em Sorocaba são “empurradas” para as extremidades da cidade, mas dessa vez pudemos apreciar o centro de Sorocaba de forma inédita, de um ponto de vista especial. Também pudemos dar a nossa contribuição valorizando mais ainda a nossa cidade. Eu sempre digo que todo lugar que as pessoas de bem abandonam o mal toma conta e a Praça Fernando Prestes neste domingo esbanjou alegria, saúde e bem estar.
A participação de atletas de outras cidades não foi muito expressiva, também foi pequena a participação de corredores iniciantes, o que percebi foi um percentual considerável de “fantasmas” na corrida, talvez tudo isso aconteceu pelo custo da prova, o valor de 30 reais parece pequeno, porém para quem corre uma prova por semana o valor se torna alto.
Mesmo assim os iniciantes que participaram foram guerreiros e nos deram muito orgulho com o esforço que fizeram para completar a prova. Os vencedores da corrida merecem os “louros” de vencedores, mas os ultimos a completar a prova merecem os aplausos de todos, pois eles venceram, foram melhores que 600.000 Sorocabanos que não participaram da prova.
Dados Técnicos
Vencedor
FREDISON CARNEIRO COSTA 00:16:54
Vencedora
SORAYA VIEIRA TELLES 00:22:08
Participantes
286 corredores inscritos
Distância
6000m
Foto: www.sorocabaesportes.com
A corrida começou pontualmente as 08h30min com a largada na Praça Fernando Prestes, descendo a Rua XV de Novembro, acessando a ponte Francisco Delosso e percorrendo a Av. São Paulo, ida e volta, depois passando pela “Praça do Canhão”, Largo do Rosário, para poder seguir pelas ruas Álvaro Soares, sete de Setembro e Artur Gomes, após dar a volta no “Fórum Velho” foi só descer passando pelo largo do São Bento para receber a benção do Santo beneditino e alcançar a chegada.
O Jornal Bom dia e a Associação Santi Pegoretti foram ousados e acertaram em cheio ao escolherem o percurso que seguia pelas principais ruas do centro da cidade, normalmente as provas em Sorocaba são “empurradas” para as extremidades da cidade, mas dessa vez pudemos apreciar o centro de Sorocaba de forma inédita, de um ponto de vista especial. Também pudemos dar a nossa contribuição valorizando mais ainda a nossa cidade. Eu sempre digo que todo lugar que as pessoas de bem abandonam o mal toma conta e a Praça Fernando Prestes neste domingo esbanjou alegria, saúde e bem estar.
A participação de atletas de outras cidades não foi muito expressiva, também foi pequena a participação de corredores iniciantes, o que percebi foi um percentual considerável de “fantasmas” na corrida, talvez tudo isso aconteceu pelo custo da prova, o valor de 30 reais parece pequeno, porém para quem corre uma prova por semana o valor se torna alto.
Mesmo assim os iniciantes que participaram foram guerreiros e nos deram muito orgulho com o esforço que fizeram para completar a prova. Os vencedores da corrida merecem os “louros” de vencedores, mas os ultimos a completar a prova merecem os aplausos de todos, pois eles venceram, foram melhores que 600.000 Sorocabanos que não participaram da prova.
Dados Técnicos
Vencedor
FREDISON CARNEIRO COSTA 00:16:54
Vencedora
SORAYA VIEIRA TELLES 00:22:08
Participantes
286 corredores inscritos
Distância
6000m
Foto: www.sorocabaesportes.com
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