quinta-feira, 1 de março de 2012

Relato da primeira travessia do Atlântico Sul em barco a remo realizada em 1984.

Cem Dias Entre Céu e Mar.

Navegando ao lado dos peixes, entretendo conversas com gaivotas e tubarões, remando no meio de uma creche de baleias, ‘Cem dias entre céu e mar’ é o relato de uma travessia absolutamente incomum – mais de 3500 milhas (cerca de 6500 quilômetros) desde o porto de Lüderitz, no sul da África, até a praia da Espera no litoral baiano, a bordo de um minúsculo barco a remo. Verdadeira odisséia moderna, neste livro Amyr Klink transporta o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice de suas alegrias e seus temores, ao mesmo tempo em que narra, passo a passo, os preparativos, as lutas, os obstáculos e os presságios que cercaram a extraordinária viagem.


Faça o Download

"Em Paraty, velho porto do Brasil colonial, o mar faz parte da história e da paisagem, ditando até hoje os costumes e os ritmos de seus moradores. Foi nessas águas tranquilas, onde a canoa ainda é um dos principais meios de locomoção, que Amyr Klink desenvolveu, desde criança, um profundo amor aos barcos e à vida marítima.
Cem dias entre céu e mar, o relato de sua travessia do oceano Atlântico a bordo da "lâmpada flutuante" (o apelido que deu ao minúsculo barco a remo), é bem mais do que o registro de uma façanha esportiva. O leitor atento perceberá nestas páginas ecos das narrativas de Conrad, do Jack London de O lobo do mar, das epopéias portuguesas que desvendaram o mar Oceano e, sobretudo, das viagens de grandes exploradores polares como Amundsen, Schackleton e Scott.

Uma intensa poesia atravessa este livro: nas conversas do autor com os objetos a bordo e com os dourados e tubarões que lhe fazem companhia; na esplêncida visão de uma baleia que surge sob o barco no meio da noite; ou ainda na forma como procura enxergar o tempo, "na numeração do cardápio, nas páginas do diário, nas cápsulas de gás do fogareiro, nos rádio-contatos que ainda faltavam, nos fins de semana, nas dobras da carta", onde ia pacientemente anotando, dia-a-dia, as agruras e alegrias da viagem.

Ao lado da qualidade épica, há em Amyr uma rara compreensão das relações do homem com o meio natural, apreendida no convívio com a cultura caiçara do nosso litoral, aliada em seus projetos ao que existe de mais avançado no mundo da tecnologia. E é bem essa mistura de valores tradicionais e ousadia, de arrojo e sobriedade, que sustenta este navegador em seus difíceis desafios."

Nenhum comentário:

Descubra quanto de Mata Atlântica existe em você!

Contador visitas