domingo, 26 de dezembro de 2010

Filosofia Gnostica

Gnose é o substantivo do verbo gignósko, que significa conhecer. Gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. No grego clássico e no grego popular, koiné, seu significado é semelhante ao da palavra epistéme.

Em filosofia,...
epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião",
enquanto gnôsis significa conhecimento em oposição a "ignorância", chamada de ágnoia.

A gnose é um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva. É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele conhecimento que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua Essência Eterna e maravilhosa.

O objeto do conhecimento da Gnose é Deus, ou tudo o que deriva dEle. Toda gnose parte da aceitação firme na existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada. "Conhecer" significa ser e atuar, na medida do possível ao ser humano, no âmbito do divino. Por isso, "conhecer" implica a salvação de todo o mal (Ego) em que possa estar imerso o homem que venha a possuir esse "conhecimento".

Gnose é ao mesmo um conceito religioso e psicológico, além de científico, filosófico e artístico. A partir desta visão, o significado da vida aparece como uma transformação e uma visão interior, um processo ligado ao que hoje se conhece como psicologia profunda.

O desejo e as tentativas de conseguir amor e felicidade são a saudade inesgotável do Pleroma, ou seja, da Plenitude do Ser, que é o verdadeiro lar da alma. O desejo desse "conhecimento" é uma nostalgia das origens e procede de um original anelo humano de alcançar a Unidade, do desejo natural, perene e universal, de fusão do homem com o Ser, do qual acredita ter sido originado.

A Gnose é o comportamento religioso que traduz esta profunda e dolorosa sensação que sentem os homens e mulheres pela separação dos pólos humano e divino. É , no fundo, uma tentativa de compreensão das relações entre o homem e a divindade.

"A gnose é, indubitavelmente, um conhecimento psicológico, cujos conteúdos provêm do inconsciente. Ela chegou às suas percepções através de uma concentração da atenção sobre o chamado "fator subjetivo" que consiste, empiricamente, na ação demonstrável do inconsciente sobre a consciência. Assim se explica o surpreendente paralelismo da simbologia gnóstica com os resultados a que chegou a psicologia profunda".

O movimento originou-se provavelmente na Ásia Menor, difundindo-se da região do Irã à Gália, exercendo a sua maior influência sobre o cristianismo entre os anos de 135 e 200. Tem como base elementos das filosofias pagãs que floresciam na Babilônia, Antigo Egito, Síria e Grécia Antiga, combinando elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas como os do Elêusis, do Zoroastrismo, do Hermetismo, do Sufismo, do Judaísmo e do Cristianismo.

Num texto hermético lê-se que a gnosis da Mente é a "visão das coisas divinas". G.R.S.Mead acrescenta que "Gnosis não é conhecimento sobre alguma coisa, mas comunhão, co­nhecimento de Deus". Este é o grande objetivo, conhecer "Deus", a Reali­dade em nós. Não é a crença, a ou o simples conhecimento o que importa. O fundamental é a comunhão interior, o religar da Mente individual com a Mente universal, a capacidade do homem "transcender os limites da dualidade que faz dele homem e tornar-se uma consciência divina".

A posse da Gnosis significa a habilidade para receber e compreender a revelação. O verdadeiro Gnóstico é aquele que conhece a revelação interior ou oculta desvelada e que também compreende a revelação exterior ou pública velada. Ele não é alguém que descobriu a verdade a seu respeito por meio de sua própria desamparada reflexão, mas alguém para quem as manifestações do mundo interior são mostradas e tornaram-se inteligíveis. O início da Perfeição é a Gnosis do Homem, porém a Gnosis de Deus é a Perfeição aperfeiçoada. "Aperfeiçoamento" é um termo técnico para o desenvolvimento na Gnosis, sendo o Gnóstico realizado conhecido como o "perfeito", "parfait".

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sociologia e Antropologia

O povo brasileiro

Nós, brasileiros somos considerados um povo novo. Pois somos fruto de várias misturas de raças: portugueses, japoneses, índios, negros africanos entre muitas outras. Misturas de muitas culturas o que nos levou a uma sociedade rica em cultura, mas defasada em questões materiais
E essas misturas fazem do nosso país multicultural. Embora o Brasil seja um país “misturado”, os povos ainda seguem seus ancestrais em suas religiões e crenças.
Mais do que uma simples etnia, o Brasil é uma etnia nacional, um povo-nação. Diferente de outros países, nós os brasileiros formamos um só povo, uma nação unificada.
As únicas exceções são as tribos indígenas, pois sua existência não afeta o destino nacional, pois preferem viver isolado.
Algumas causas para contribuir com a desigualdade social do nosso país é o grande numero de estrangeiros com livre acesso ao nosso país e o resultado de um processo contínuo e violento de política que defende apenas o interesse de classes isoladas.
Assim foi criada uma barreira simplesmente impossível de transpor. Deixando os pobres num abismo.
Nós orgulhamos de sermos brasileiros, mas esquecemos que as diferenças ainda agem de forma preconceituosa entre nós. O maior preconceito sofrido nos dias atuais não é relacionado à cor, raça, religião ou cultura. O que importa é possuir riqueza material suficiente para comprar seu passaporte e se manter nas classes mais altas.
Quando se tem muita riqueza material, todas as outras diferenças culturais, de raças ou crenças ficam pequenas ou totalmente sem valor. O que não aconteceria para um menos favorecido.

Analfabetismo, um desejo de todos? Não!

Analfabetismo, um desejo de todos? Não!

A educação é como um caminho que é criado a cada passo que damos que depois quando olhamos para trás, vemos uma estrada a ser seguida.
Lendo o artigo sobre analfabetismo me veio a mente uma preocupação que tenho. Sempre reflito no fato dos analfabetos votarem e fico tentando entender quem leva vantagem nisso. Eu acredito que muitos políticos se beneficiam de problema, pois é fato que é mais fácil para alguém mal intencionado convencer uma pessoa sem estudo do que uma pessoa estudada, se grande parte da população for analfabeta e a maioria desses analfabetos estarem aptos a receberem os “benefícios” que o governo disponibiliza para as pessoas carentes, o problema irá piorar e esses políticos terão maiores vantagens.
Fico realmente convencida que o governo quer que o povo seja ignorante quando vejo que milhares de trabalhadores, muitos com nível superior, são facilmente induzidos a fazerem greve, como se fossem crianças “teimosas” e assumem uma postura de quem é incapaz de estudar para melhorar seu padrão de vida. Eles não têm forças para se qualificarem e conseguirem uma função melhor remunerada na empresa e utilizam da força para obrigarem o aumento de salário. E ainda não percebem que estão trabalhando como um rebanho em função do beneficio dos sindicalistas e dos políticos aproveitadores.
Outro fato que constatamos quando analisamos a educação no Brasil é de que os governos investem muito pouco na educação, os professores recebem salários vergonhosos e ao mesmo tempo em que as leis constitucionais que garantem a educação para todos são descumpridas, os governos seguem a risca todas as restrições da lei que impedem um melhor tratamento para os professores, e a melhora na educação.
Porém sempre acreditei que a educação é uma estrada a ser criada pelo próprio individuo. Se observarmos a maioria dos profissionais de hoje que estão se aposentando por tempo de serviço são pessoas que vieram de famílias humildes, muitos moravam na zona rural e seus pais praticamente trabalhavam na roça, outros que já moravam nas cidades tinham seus pais trabalhando em empregos humildes, como padeiro, engraxate, barbeiro, sorveteiro, mesmo assim conseguiram se formar e se tornaram ótimos profissionais que trabalharam por 25, 30, 40 anos. Portanto o analfabetismo não vem somente da falta de investimento em educação, mas existe também porque muitas pessoas não possuem o interesse em aprender, por isso precisamos investir no desejo de aprender, uma vez lançada a semente o povo irá exigir do governo as mudanças, o povo irá utilizar seu voto para fazer o país mudar para melhor.

“Vamos celebrar nossa justiçaA ganância e a difamaçãoVamos celebrar os preconceitosO voto dos analfabetosComemorar a água podreE todos os impostosQueimadas, mentirasE seqüestros...”
(Renato Russo)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Precisamos de uma Educação do Povo ou Educação para o Povo?

Para argumentar sobre esse assunto é preciso demonstrar meu ponto de vista sobre o que é “Educação do Povo” e o que é uma “Educação para o Povo”
Quando leio ou ouço o termo “Educação do Povo” vem em mente a educação popular aquela que passamos de pais para filhos e também o conhecimento que as pessoas adquirem com a experiência de vida que durante gerações foi suficiente para a boa convivência entre as pessoas.
Já o termo “Educação para o Povo” me faz pensar sobre uma educação voltada para as necessidades das pessoas, uma educação baseada no que as pessoas vivenciam, portanto tendo como base a própria “Educação do Povo”.
Porém se observarmos a “Educação do Povo” hoje em dia veremos que ela está muito defasada e pior ainda, contaminada por atitudes ruins de forma que não está sendo mais útil para o povo.
A boa educação passada de pai para filho não está sendo suficiente. Muitos pais já não se preocupam em ensinar coisas boas para os filhos e ainda incentivam os filhos a tomarem atitudes desleais e imorais. Poucos dos pais que ainda se preocupam em dar bom exemplo e ensinar a boa moral e bons costumes enfrentam um problema enorme, pois bate de frente com a maioria da sociedade que tenta ensinar o contrário.
Outro problema é que se observarmos a realidade de como vem sendo aplicada a “Educação para o Povo”, veremos que não é oferecida a educação que o povo necessita, mas é passado para o povo os princípios que atendem os interesses dos grandes anunciadores de produtos e da moda, o povo também é “educado” de forma a favorecer a corrupção política e judicial e a serem consumistas.
Nesse caso a “Educação para o Povo” deveria ir de encontro com os problemas encontrados na sociedade, o povo precisa ser orientado sobre seus direitos e obrigações legais, seus direitos e obrigações políticas, ainda aprender sobre economia domestica, prevenção contra as drogas e DSTs. O povo precisa saber que existe a educação moral e cívica que permite o bom convívio entre as pessoas
Hoje em dia essas coisas não se aprendem mais em casa e a sociedade também não transmite esse conhecimento para as pessoas.
Para concluir a “Educação do Povo” é um ponto de referencia para saber como a “Educação para o Povo” deve ser aplicada e quais assuntos abordar.

O POVO BRASILEIRO

A cultura e o modo de ser do “Povo Brasileiro” começou a se desenvolver do confronto da cultura dos portugueses com as culturas indígenas dos nativos e africanas essa relacionada aos escravos.
Dessa relação entre essas três culturas totalmente distintas surgiu o “povo novo”, que seria o povo brasileiro, um povo totalmente mestiço, diferente de qualquer povo que existia na terra.
Porém mesmo o povo sendo uma nova civilização eles ainda estavam plenamente conectados ao povo europeu, tendo que seguir suas regras, leis e ainda servir esses países com grande poder aquisitivo, principalmente Portugal, com produtos de extração e manufaturados.
A sua cultura tem base predominante na cultura européia, porém sofreu diversas mutações, assimilando costumes indígenas e africanos.
Mesmo com o fato de a população brasileira ter presenciado várias influencias culturais distintas, isso não causou uma divisão de culturas e povos dentro de um mesmo país, mas ocorreu o contrario, elas se fundiram formando as características básicas do povo brasileiro. Porém existem pequenas exceções que seriam aqueles grupos de imigrantes europeus, asiáticos e africanos que mantém seus costumes e fisionomias físicas mesmo depois de muito tempo, grupos tidos como “colônias”.
Mesmo o povo tendo três principais matrizes, européia, indígena e africana, o povo não possui, característica única, pois ele sofreu influencias do clima da região em que vive, do relevo e das atividades econômicas exercidas, de forma que sua fisionomia, costumes e dialetos, se diferenciem de uma a outra região.
Já a introdução de outros povos que ocorreu, como o povo da região do Golfo Pérsico, como árabes e os asiáticos, como os japoneses, não foram suficientes para causarem influencia significativa na população, alterando os costumes apenas de poucos indivíduos.
Com esse perfil de mistura de culturas e raças acreditasse que no Brasil não deveria existir distinção racial, tão comum nos países europeus, onde a mistura de raças quase não acontece, porém no Brasil existe uma distinção mais explicita, seria a distinção social onde as raças não tem forte influencia como um fator de divisão de classes. A distinção social é quase que totalmente influenciada pelo poder aquisitivo.
Da mesma forma que ocorria no começo da formação do povo brasileiro, em que ele trabalhava e existia para servir o povo europeu, portugueses com alto poder aquisitivo, ainda acontece hoje.
O povo brasileiro se tornou uma mão de obra quase que escrava se observarmos os lucros dos poucos detentores do dinheiro e a divisão desse lucro com as pessoas que são utilizadas para sua arrecadação, isto é a divisão dos lucros com as classes médias e baixas que são predominantes no Brasil.
Portanto a meu ver o povo brasileiro se tornou um povo muito bom para produzir e trabalhar, pois leva no seu sangue e na sua cultura ótimas qualidades e experiências de três principais raças que possuíam capacidade intelectual, criatividade, experiência técnica e capacidades físicas diferenciadas. E essas qualidades sempre foi muito bem aproveitado por terceiros.

Adaptado do texto de Darcy Ribeiro (O POVO BRASILEIRO – INTRODUÇÃO)

A pedagogia e a Educação Infantil

Uma pesquisa sobre a pedagogia infantil pode identificar vários fatores regulares percebidos no processo de educação, fatores que precisam ser investigados. Pois acreditasse que a pedagogia é um campo de estudo que ainda precisa ser muito desenvolvido.
O ambiente pedagógico não está preso somente ao ambiente escolar, mas em todos ambientes onde a criança vivencia uma experiência educativa, como fora da escola, em casa, e nas creches. Porém a forma de educação nesses ambientes não escolares deve ser diferenciada da forma de educação escolar.
No Brasil essa idéia vem sendo implantada dês da década de sessenta, porém essa pratica se iniciou de forma padronizada ao ensino tradicional, seguindo o mesmo plano, porém com praticas adaptadas a idade das crianças, ai nascia a pré-escola.
A mudança ocorre na forma teórica que nos dá um novo conceito que altera a forma de pensar e exercitar a educação da criança de 0 a 6 anos, deforma que surgiu um novo campo da ciência social a ser estudado pela pedagogia.
Uma dificuldade para o desenvolvimento da pedagogia é que ela dificilmente é considerada uma ciência autônoma e ainda outros não a consideram uma ciência, mas somente uma pratica que é aplicada, como um estudo da pratica educativa se tornando parte da ciência da educação. Porém a pedagogia possui suas próprias qualidades que a diferencia das outras ciências que apóiam a pedagogia, por isso não podemos fracionar a pedagogia instituindo cada parte dela a uma ciência diferente.
Segundo “Pimenta” a pedagogia não é a atividade de ensinar mas sim o estudo dessa atividade, a pratica de ensinar é o ambiente onde a pedagogia colhe as informações a serem estudadas e depois as devolve em forma de teoria a ser praticada pelo educador, atestando o que dizia Sacristán, que a pedagogia “vai perseguindo a sombra que ela mesma tem que ir criando”.
A Pedagogia na modernidade teve seu inicio marcado por dois princípios que davam a idéia que a pedagogia precisava se alimentada por disciplinas auxiliares e que a pedagogia precisava se unir a psicologia.
Hoje em discuções procura-se estudar a didática que hoje atua principalmente o ambiente escolar, ignorando todo ambiente pedagógico que nos oferece a vida social, praticado na família ou nos relacionamentos ocorridos com outros seres da sociedade.
A didática tem como auxiliar o educador na função pedagógica, de forma que as instituições de ensino infantil pré-escolar, devem praticar uma didática diferenciada das escolas. Porque diferente da escola que ensina os conhecimentos básicos as pré-escolas e creches tem como objetivo completar a educação familiar num ambiente coletivo para a criança de 0 a 6 anos.
O problema com o ensino de conhecimentos específicos padronizados é que a educação infantil não tem intenção de ensinar conteúdo, mas se preocupa com a formação dos professores, a educação infantil deve se preocupar com quais conhecimentos deve ter o educador, analisando as experiências vivenciadas pelas crianças.
As experiências vivenciadas pela criança no começo de sua vida são muito diferentes das experiências das crianças em idade escolar do ensino fundamental, porém apesar da educação das crianças de 0 a 6 anos ser diferenciada das crianças do ensino fundamental, deve haver um elo entre o que é ensinado aos dois grupos de crianças.
Um fator importante é não atrelar a educação infantil somente ao contexto ensinar mas sim identificar a educação infantil ao contexto educar, dessa forma a educação infantil não fica restrita somente a escola e ela poderá adquirir proporções gigantescas, assim a educação infantil irá atuar em todos ambientes em que a criança estiver, principalmente no ambiente familiar.
Portanto é possível haver uma padronização na pedagogia e na didática, mas é importantíssimo haver adaptações influenciadas pelas diversas faixas etárias, estados sociais e familiares, autônima dos educadores e das crianças e ambientes em que vivenciam suas primeiras experiências.

A avaliação e o papel social da educação escolar

(Oferecimento AKS TRANSPORTE)
Quanto ao assunto “avaliação, não podemos confundir avaliar com medir, avaliar é um processo em que realiza medições com provas e testes, atribuir notas e conceitos são apenas ferramentas para coletar informações que serão utilizadas na avaliação.
Avalia-se para tentar manter ou melhorar nossa atuação futura, medir refere-se ao presente e ao passado, portanto a medição é essencial para a avaliação, mas não é tudo.
Avaliar refere-se estudo das informações obtidas, sendo usada no sentido de um acompanhamento do desenvolvimento do estudante para planejar melhoras nas futuras ações educativas.
Avaliação formativa: é a que acontece ao longo do processo, com o objetivo de reorientá-lo.
Avaliação somativa: ocorre no final do processo com a finalidade de apreciar o resultado.

A concepção de educação e avaliação
A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizado, e não o ponto final desse processo, as avaliações fornecem informações importantes para esse processo, por isso ela deve ser feita constantemente e não em forma de pontuação para que seja evitada a exclusão que pode ser incentivada pela reprovação, fazendo com que a avaliação perca seu sentido, pois caso a avaliação demonstre um resultado negativo ela estará demonstrando o que é preciso ser feito para melhorar o processo de educação.
Precisamos transformar a pratica da avaliação em ferramenta de evolução do processo de ensino e aprendizagem.

A característica processual da avaliação
Quando se elimina as ferramentas de aprovação e principalmente de reprovação, como ocorre na progressão continuada, não significa que não ocorre nenhum processo de avaliação, mas existem técnicas de avaliação que são feitas e utilizadas para promover a melhora da educação e não agindo na reprovação do aluno que não se adequou ao processo educacional.

O cotidiano e suas possíveis praticas de avaliação das aprendizagens.
Copiar tarefas de livros não são estratégias para a elaboração de instrumentos de avaliação, mas sim levar em consideração alguns aspectos importantes:
a) A linguagem a ser utilizada: clara, esclarecedora, objetiva.
b) A contextualização daquilo que se investiga: em uma pergunta sem contexto podemos obter inúmeras respostas e, talvez nenhuma relativa ao que, de fato, gostaríamos de verificar.
c) O conteúdo deve ser significativo, ou seja, deve ter significado para quem está avaliado.
d) Estar coerente com os propósitos de ensino.
e) Explorar a capacidade de leitura e de escrita, bem como o raciocínio.
Nossas experiências são marcadas por uma avaliação classificatória, seletiva e excludente. Por isso é preciso trabalhar uma avaliação marcada pela lógica da inclusão, do dialogo, da participação, da construção da responsabilidade com o coletivo.

A auto-avaliação
A auto-avaliação ainda não faz parte da cultura escolar brasileira. Devemos ter consciência de que tal pratica deve ser incorporada ao cotidiano dos planejamentos dos professores.
Os processos de auto- avaliações devem ser individuais e de grupos. Os estudantes devem refletir sobre seus avanços só relativos a sua socialização e aqueles relativos as suas aprendizagens especificas.
É importante que o professor tenha uma rotina com instrumentos elaborados para a auto-avaliação e que os resultados obtidos da auto-avaliação sejam utilizados, em conversas individuais, tarefas orientadas ou exercícios de grupo.
A auto-avaliação deve favorecer ao estudante a auto-reflexão acerca de suas atitudes individuais e em grupo, seu papel no grupo, seus medos e conquistas, para ajudar na superação das dificuldades de aprendizagem.

O conselho de classe
Para o conselho de classe ser um espaço de discussão coletiva, é importante que os professores planejem suas ações e praticas de forma coletiva.
Para isso o conselho de classe, deve ser convocado periodicamente, visto como momento de estudo e decisões acerca de como trabalhar com as dificuldades e as possibilidades apresentadas pelos estudantes.O conselho não deve mais ser entendido como momento de fechamento de notas e decisões acercada aprovação ou reprovação dos alunos.

Outros espaços de avaliação
O projeto político-pedagógico deve fixar indicadores a serem alcançados pelo coletivo da escola. Podendo envolver a fixação de índices menores de reprovação, índices maiores de domínio de leitura ou outro conteúdo específico etc.
A avaliação como parte de uma ação coletiva de formação dos estudantes ocorre em varias esferas e com vários objetivos.
a) Avaliação da aprendizagem dos estudantes: em que o professor tem um protagonismo central.
b) Avaliação da instituição: na qual o protagonismo é do coletivo dos profissionais que trabalham e conduzem um processo complexo de formação na escola, guiados por um projeto político-pedagogico coletivo.
c) Avaliação do sistema escolar: na qual a responsabilidade principal é do poder publico. (Prova Brasil, Enade).

Sugestões de filmes
Nenhum a menos.
O sorriso de Monalisa.

O Pernilongo e a Felicidade Humana

Quando falamos da vida de um ser considerado insignificante pela sociedade e queremos confrontar com o fato de ser humanamente feliz, a primeira impressão é que um assunto não tem relação com o outro, porém alem de ser possível confrontá-los, é muito importante que isso seja feito.

Nós humanos, muitas vezes no nosso dia a dia ignoramos a vida de seres menos evoluídos, como exemplo a vidinha de um pernilongo que acabamos com ela sem nos importar que ele só tenha aquela vidinha.

Já a pessoa para ser humanamente feliz, praticamente precisa ser puro sentimento, de forma que essa felicidade decorre de um sentimento que poucos entendem, o amor, porém como esse amor é um sentimento altruísta, a pessoa que o sente jamais poderá ser feliz se o próximo não estiver feliz.

O problema nasce ai, pois como uma pessoa que se preocupa com o próximo pode ser humana mente feliz, se preocupando com os outros seres vivos não se importando com seu estado de evolução, uma vez que a nossa vida social nos obriga a ignorar a vida e os sentimentos desses seres menos evoluídos, é um perfeito paradoxo, essa pessoa ao procurar a felicidade se tornaria deprimida e infeliz.

Quem no mundo consegue viver sem agredir outro ser vivo como o pernilongo? Quase ninguém. Quem consegue viver sem comer alimentos ou usar roupa de proveniência animal? Pouquíssimos, E quem pode viver sem utilizar nenhum produto vindo de outro ser vivo, como vacinas e remédios que sacrificaram e ainda sacrificam milhares de animais? Ninguém pode.

E quando os outros seres vivos não são menos evoluídos mas só menos favorecidos, como as crianças escravas do Paquistão, da Índia e da China que trabalham produzindo as roupas e tênis das marcas mais famosas do mundo, ou até mesmo aqueles que vemos todos os dias nos semáforos, como uma pessoa humanamente feliz pode viver com isso?

Portanto, o que se entende é que não podemos ser totalmente ignorantes a vida dos menos evoluídos ou favorecidos, e também não podemos procurar a plenitude da felicidade humana, pois os dois são sentimentos altamente perigosos, como uma overdose, mas os dois juntos se tornam o antídoto da felicidade.

O que quero dizer é que precisamos utilizar esses sentimentos uma equilibrando o outro para podemos viver felizes nessa nossa sociedade.

Comunidade Virtual

Comunidade Virtual e Sua Inserção no Processo Educacional como Forma de Ampliação do Campo das Relações


Antigamente os meios de comunicação utilizados para se compartilhar o conhecimento eram constituídos por cartas, que por se tratar de um meio de comunicação manual e arcaico era muito falho, fazendo com que a comunicação fosse muito lenta. Porém atualmente a comunicação se tornou algo simples e de acesso de todos por meio de tecnologias como a internet que é de alcance global.
A internet pode ser considerada um ambiente de aprendizagem individual que serve para complementar e facilitar o estudo presencial. Utilizando esse ambiente como suporte ao estudo presencial o professor passa a se atualizar constantemente, se tornando um mediador entre o aluno e o pacote gigantesco de informações que ele adquire através da internet, estimulando o aluno a pesquisa e a auto-aprendizagem.
Como exemplo do “ambiente de estudo cibernético” o autor do artigo cita as comunidades do Orkut, analisando especialmente uma que estava categorizada como pertencer ao assunto “Alunos e escolas”. Nessa comunidade foi constatado que se tratava de um grupo de alunos e professor de um curso de “Docência do Ensino Superior”. Essa comunidade era moderada pelo seu criador assim somente quem era diretamente interessado ao assunto recebia sua permissão para participar.
A vantagem da utilização dos fóruns e dos chats e blogs, não só do Orkut como de outros é a facilidade de troca de informações e sua disponibilidade. Essa ferramenta também permite que sejam efetuadas buscas de comunidades que discutem assuntos do interesse do estudante ou do professor. Também possibilita que sejam efetuadas questões e elas sejam respondidas em tempo real, criando um relacionamento instantâneo entre os alunos, também entre os educadores e unindo esses dois grupos.
Mesmo essa ferramenta sendo de acesso comum, tendo todas as facilidades e provendo a comunicação imediata entre as pessoas, o estudo aponta que não basta somente fazer parte de uma comunidade ou fórum de discussão, é preciso sentir-se dono de um pedaço desse espaço e atuar ativamente nas discussões, pois uma participação “passiva” nesses fóruns ou comunidades faz com que ela perca todo seu sentido que é de interligar, as pessoas e resolver ou analisar assuntos levantados no ambiente presencial de ensino, como por exemplo discutir uma matéria em que o professor apresentou aos alunos, de forma que o debate sirva de complemento do estudo.

Reflexão Sobre a Pequena Gigante Magia

Para criança, as necessidades são gigantescas.
Necessidades que para o adulto são insignificantes.

A criança é capaz de criar um mundo com um pedaço de giz e um muro para riscar.
Viaja o mundo e o espaço com uma pipa e um carretel de linha.
Vivencia desafios magníficos com uma pedrinha na mão e uma amarelinha no chão.

Quando adulto perde sua infância, suas crianças não descobrem a magia.
Eles transformam o mundo das crianças em algo sem valor.
E lutam por valores insignificantes para as crianças.
Criam um novo mundo sintético sem magia.

Enquanto que para criança.
Um simples abraço pode curar qualquer dor
Com uma historinha inventada ele vira super-herói
E um sorriso pode lhe devolver a magia.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ilha das Flores

O filme Ilha das flores segundo a minha ótica inicia e segue até quase o final mostrando detalhes do cotidiano do povo, o autor utiliza desses detalhes para dar uma introdução do processo econômico vigente, o Capitalismo.

Mesmo sendo um filme com intuito de alertar as pessoas a um problema grave, o autor utiliza uma linguagem em sua narração que não demonstra nenhum sentimento de descontentamento com a triste situação que demonstra o filme, pelo contrário, ele transmite em sua narrativa um sentimento de como se o filme falasse de um processo comum, como se fosse um processo mecânico sem sentimento. Eu acredito que o autor utilizou essa forma de linguagem, para, ironicamente, demonstrar como a sociedade se sente diante de fatos desse tipo, totalmente indiferentes, como se o fato de alguém “esmolar” na rua fosse parte do processo de enriquecimento de outros.

Em alguns momentos do filme vemos que o autor utilizou de uma linguagem satírica para explicar que o lucro (o lucro livre e a igreja católica), era algo condenado pelos religiosos que eram os governantes da época, e por forma da imagem de religiosos apresentada no filme, o autor menciona que os governantes ficavam descontentes e que depois do lucro ter sido liberado os governantes ficaram felizes.

Com tudo isso o filme mostra um pouco de como funciona o capitalismo, ao mesmo tempo o filme nos mostra a importância que tem o ser humano quando comparado aos outros mamíferos, pois possuímos diversas capacidades físicas e mentais que outros seres vivos não tem.

Ao final do filme nós vemos os efeitos colaterais do processo econômico, mesmo com essas habilidades nós não estamos em melhor posição dentro do processo capitalista, vemos que o ser humano “livre”, isto é, sem dono, porém ao mesmo tempo sem dinheiro, tem direitos menores do que dos porcos, simplesmente pelo fato dos porcos possuírem um dono. E mesmo eles sendo infinitamente menos desenvolvidos do que os seres humanos eles representam um certo valor econômico ao seu dono como demonstrado no inicio do filme quando o senhor Suzuki comprou carne de porco com o dinheiro que a Dona Anete utilizou para comprar os tomates, dinheiro que ela adquiriu vendendo perfumes, que seguramente não foram comprados por nenhum morador das ilhas das flores.

Como o filme foi criado em 1989 praticamente quatro anos após o fim do militarismo no Brasil (1985) ou um governo presidencial do regime democrático, da a entender que o autor teve a intenção de fazer um balanço, para verificar como esse novo regime econômico estava funcionando, porém ele nunca demonstrou ser contra o capitalismo e a favor de outros tipo de regime econômico, mas parece querer que não nos esquecemos quem somos somente tem do em vista o lucro e que não deixemos de sermos humanos só pelo dinheiro.
Descubra quanto de Mata Atlântica existe em você!

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